Diary of a Bilingual Kid
Olá, a todos! Em 13 de janeiro de 2015, publiquei aqui no nosso blog o post To be bilingual or not to be bilingual: that’s the question (#not)!, sobre estar criando meu filho Eduardo, então com dois meses e meio de vida, de forma bilíngue. Tive dois excelentes comentários em meu texto, que me motivaram ainda mais a seguir minha senda. Não vou repetir tudo o que escrevi (estaria “roubando” a oportunidade de vocês lerem ou relerem o texto, caso ainda não o tenham feito), mas só relembrando que estamos usando a técnica OPOL – One Parent, One Language, ou seja, eu falo inglês com meu filho e minha esposa português com ele.
Passados um ano e um mês desde essa postagem, meu Dudu já está com mais de um ano de vida, correndo serelepe por nossa casa, deixando-nos de cabelo em pé em vários momentos mas trazendo uma alegria imensa ao nosso lar. Enfim, embora seja cedo, gostaria de compartilhar com vocês alguns dos avanços do Dudu. Creio que comecei a falar com o Dudu lá por volta dos 5 meses de gestação. Ainda na barriga da mamãe, ele me ouvia contar histórias de contos de fadas em inglês. Desde o momento em que nasceu, eu jamais falei uma palavra de português com meu menino. Falo português ao redor dele, mas nunca COM ele.
Os resultados até agora? Muito interessantes! O Dudu ainda não fala, mas desde cedo começou a balbuciar sons inteligíveis e tenta se comunicar. É muito gostoso ver esse desenvolvimento. Como sou o único a falar inglês com ele, na minha ausência, minha esposa coloca alguns vídeos para ele assistir em inglês (junto com Galinha Pintadinha, Patati Patatá, santos remédios para darem uma acalmada em nosso pitoco… Não me interessa se dizem que assistir TV tão cedo é prejudicial: de vez em quando precisamos de uma folga! Hehehe!), como Mickey Mouse Club House, Mother Goose Club, Hooplakidz… Todos disponíveis no Netflix ou Youtube, ou seja, fáceis de acessar. Tenho certeza de que isso vem contribuindo. Quando assisto com ele os desenhos, vou descrevendo coisas, sensações etc. dando a ele um vocabulário simples, mas variado.
O pequeno Eduardo já ensaia algumas palavras: “bola” é sempre “ball”, e vale para qualquer coisa redonda (ameixa, batata, tomate… Muito engraçado!). O “bico” às vezes é “bibi” com a mãe e “papa” comigo (“pacifier”). Ele faz, do jeitinho dele, a coreografia do “Cabeça-Ombro-Joelho-e-Pé” ou do “Head-Shoulder-Knees-And-Toes”. Pode ser pela sonoridade, mas ele compreende ambas. E quando falo em “head”, ele bota a mão na cabeça, mesmo sem música. Brinco com ele de “Where’s Dudu?”, ele rindo vai se esconder. Quando falo “There he is”, ele aparece! Outros comandos, como “Pick it off the floor”, “take to mommy”, “give X to me” entre outros, são compreensíveis por ele. Ele os executa quando quer, claro, pois é muito genioso (!), mas os faz…
Resumo da ópera: Dudu está compreendendo ambas as línguas e, aos poucos, comunicando-se com ambos os códigos. Como disse, é cedo, mas o processo parece estar em andamento. Como disse, consistência e comprometimento. Tracei meu objetivo, sei que meu filho vai se beneficiar dele, e por isso não desistirei, porque a cada dia, algo novo surge e é animador!
Escrevi isso para continuar incentivando meus colegas que têm receios com relação a criar seus filhos de forma bilíngue. Não vou fazer deste meu espaço o Blog do Dudu Bilíngue, mas é um espaço para também compartilharmos nossas experiências, e quem melhor do que vocês para apreciar o que estou fazendo?
Abraços e até o mês que vem!