Quão certo está seu aluno sobre o caminho que precisa trilhar? (Parte 3)
Ufa! Se você está nesta última parte desta “trilogia” eu confio que você já tenha caminhado pelas partes 1 e 2 anteriormente e agora veio buscar neste fechamento um exemplo claro de um GAP bem estruturado, claro e SMART.
Para isso lhe apresentarei um aplicativo bem famoso de celular e/ou browser-based com o qual tenho bastante afinidade e que constitui um excelente exemplo de passo-a-passo em direção ao objetivo: o Duolingo!
Eu gosto muito do Duolingo já há um bom tempo tanto para ensinar como para aprender (treino meu espanhol e comecei a brincar com o alemão recentemente).
Caso você ainda não saiba, pela versão browser-based você consegue através de um simples cadastro gratuito acompanhar e receber relatórios semanais por e-mail com o avanço de cada um dos seus alunos e turmas além de também poder passar determinadas lições como tarefas, como pedir para que o aluno faça a unidade relacionada a weather antes/depois da respectiva aula.
Há vários motivos pelos quais eu indicaria o Duolingo, mas falando sobre o GAP, o Duolingo apresenta em sua tela principal um modelo muito claro e intuitivo de progresso, com atividades que vão sendo concluídas e avançadas de forma parecida a um jogo de vídeo-game.
Ele ainda possui uma inteligência artificial apurada o bastante para identificar erros básicos em exercícios avançados, forçando o aluno a refazer exercícios antigos cujo assunto tenha errado muitas vezes mais para frente.
Quando o aluno inicia um idioma no Duolingo, ele tem a opção de escolher qual a meta diária de tempo a ser gasta no app, como 5 ou 20 minutos, e ele faz questão de te enviar notificações e e-mails para te lembrar de voltar ao app e continuar praticando, caso o aluno “se esqueça”.
Quando a curva de aprendizado começa a ficar menos íngreme e o aluno tem uma percepção de que está aprendendo menos a cada lição, ele pode rolar os exercícios para cima ou para baixo, tendo uma noção claríssima sobre qual passo se encontra nesse momento, tudo o que já percorreu e o que ainda falta estudar.
Com a fácil possibilidade de enxergar claramente todos os degraus da escadaria fica muito mais fácil retomar a decisão iniciar de continuar até o final e chegar ao topo da escada, ou seja, conquistar o objetivo inicial.
Para efeito de comparação, o índice do livro didático usado em aula seria um bom modelo de GAP não fosse o desinteresse da maior parte dos alunos quanto a ele.
O que percebi em meus anos de experiência e perguntando informalmente para vários colegas professores é que raramente os alunos prestam atenção no índice, sabendo no máximo em qual unidade estão dentre o número total. Não é comum que os alunos se atentem a olhar quais pontos gramaticais, de vocabulário, expressões, etc, foram trabalhados e quais ainda estão por vir.
Vou ficando por aqui nesse assunto que precisei de 3 textos para desenvolver e que certamente preencheria todo um workshop de 2 horas para tratar cada detalhe que merece a nossa atenção. Certo de que consegui despertar em você professor a necessidade de uma clara definição e visualização constante dos passos a serem percorridos por cada aluno em relação aos objetivos propostos, peço-lhe o seguinte:
Não hesite em deixar comentários logo abaixo deste texto ou diretamente nos meus contatos. Será – de verdade! – um grande prazer conversar contigo.
Um abraço e sucesso!