Carta de Londrina
Hi Everyone!
As expected, the 1o Fórum de Profissionalização Docente, at Universidade Estadual de Londrina was intense (see last month’s post).
Five round tables gathered Brazilian teachers and researchers to discuss: (1) “History: Language teaching, formal education, labouring conditions and representation”, (2) “Public Educational Policies: perspectives in different levels and contexts”, (3) “Education for Research: Tradition and (Des)continuities”, (4) “Linguistic Proficiency and teachers’ professionalization” and (5) Ethics: Principles for Research and Teaching”. Participants signed the Carta de Londrina, which I transcribe below, given its importance to Brazilian foreign language teachers.
CARTA DE LONDRINA
Nós, pesquisadores, professores e estudantes em formação na área da linguagem, preocupados com questões de ensino-aprendizagem de línguas e da formação de agentes, reunidos neste primeiro Fórum da Profissionalização Docente, nos dias 29 e 30 de setembro de 2014, na Universidade Estadual de Londrina, temos as seguintes considerações a fazer e decisões a reafirmar, a partir das análises e projeções de especialistas e participantes reunidos nesse evento.
- Considerando que, no sentido da profissionalização, os estudos e pesquisas brasileiros têm focalizado de modo proeminente as teorias de formação e de ensino-aprendizagem de línguas e de modo insuficiente a história, políticas e ética profissional;
- Considerando o caráter desafiador e complexo que a prática de formação e ensino de línguas nas escolas representa;
- Considerando que teorias formais e informais não bastam para se atender essa complexidade desafiadora, carecendo de aportes da história, das políticas de ensino de línguas e da ética profissional;
Decidimos:
(1) criar condições para a instituição de um código nacional de ética profissional para ensino de línguas, garantir a ética profissional por meio de mecanismos adequados e a ética na pesquisa em disciplinas ou atividades nos currículos dos cursos da área da Linguagem (Letras).
(2) reivindicar que se reconheça, nas agências financiadoras, a área aplicada que nos congrega, distinta em objeto e metodologia de pesquisa, das irmãs epistêmicas da Linguística e Teoria Literária, acarretando sérios prejuízos para a escolarização;
(3) atuar, em face da urgência, para que se criem condições que possibilitem aos programas de pós-graduação, no âmbito do ensino de línguas, fomentar pesquisas que formem o professor pesquisador e o especializem para uma atuação transformadora em seu contexto de trabalho;
(3) demandar a elaboração de uma política educacional para o ensino de línguas estrangeiras para educação infantil, básica, universitária e tecnológica, com a participação das comunidades envolvidas nesses contextos;
(4) incluir na agenda da política de avaliação nacional a discussão da produção de exames de proficiência em línguas estrangeiras para professores e alunos, instrumentos esses elaborados pela própria comunidade científica nacional;
(5) garantir na formação a discussão de critérios de escolha de livros didáticos para o universo do ensino Básico;
(6) demandar que a História do Ensino de Línguas seja um componente curricular nos cursos de licenciatura para a formação de novas gerações de professores;
Texto aprovado na Plenária de Encerramento, Londrina, 30 de setembro de 2014 (Redação: Participantes, José Carlos Paes de Almeida Filho, Simone Reis e Laura Miccoli).